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Conheça o museu do Titanic e outros pontos turísticos do navio em Belfast

por Escolha Viajar
Conheça o museu do Titanic e outros pontos turísticos do navio

Poucas tragédias fascinaram tanto o mundo quanto a do Titanic. Nas primeiras horas do dia 15 de abril de 1912, o RMS Titanic – então o maior e mais luxuoso navio do mundo – afundou nas águas geladas do Atlântico Norte. Troféu das possibilidades ilimitadas trazidas pela Revolução Industrial, prova do domínio do homem sobre a máquina, o Titanic foi apelidado de ‘unsinkable’, ou ‘inafundável’. Mas o destino costuma contrariar certezas e, após bater em um iceberg durante a primeira viagem, o navio arrastou suas 46.328 toneladas e 1.514 almas para o fundo do mar. Se você é um dos muitos interessados no naufrágio, prepare as malas para Belfast. A capital da Irlanda do Norte abriga o museu do Titanic e um bairro inteiro dedicado ao navio.

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O Titanic foi construído lá pela companhia White Star Line, nos estaleiros da Harland & Wolff. Estruturas até então inexistentes tiveram que ser projetadas para receber o gigantesco casco, de 269 metros de comprimento. Hoje, o Titanic lembraria um brinquedo de criança ao lado de transatlânticos como o Prelude e seus 488 metros, mas, na época, deixou muita gente de queixo caído. Não tanto por seu tamanho, afinal era poucos metros maior que o seu irmão gêmeo, o Olympic, mas pelo luxo e conforto a bordo. O Titanic era o Airbus A380 da Emirates do seu tempo, hehe.

Ele tinha academia, sauna, piscina, cafés no estilo parisiense e salão de baile adornado com uma escadaria dupla de madeira entalhada e uma abóbada de vidro. Não foi à toa que, em sua primeira e única viagem, o navio tinha em sua lista de passageiros os sobrenomes mais ricos do mundo. Uma passagem de primeira classe no Titanic custava entre US$ 2.500 e US$ 4.500, o que seria muito caro mesmo nas cotações de hoje. Alguns daqueles homens e mulheres, a despeito da imensa fortuna, nunca voltaram para casa.

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Os ricos e bem nascidos se preparavam para dormir quando, na noite de 14 de abril de 1912, dois dias após ter deixado o porto de Southampton (Reino Unido) em direção a Nova York, o Titanic bateu em um iceberg e começou a afundar. A hipótese mais provável para o acidente é a de que o capitão tenha ordenado força total nos motores para bater um recorde de velocidade, mesmo estando em uma parte do oceano conhecida como rota dos gigantes de gelo.

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Conheça o museu do Titanic e outros pontos turísticos do navio

Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar

Uma série de erros estruturais contribuiu para a rápida destruição do navio, que afundou poucas horas depois, sem tempo de receber nenhum socorro. Entre muitas outras arrogâncias que levaram à tragédia, a retirada do número mínimo de botes salva-vidas do navio por motivos estéticos foi a que mais elevou o número de mortos. Havia lugar para apenas 1.178 das 3.327 pessoas a bordo. Enquanto a tripulação priorizava o atendimento aos passageiros de primeira classe, a terceira se transformou em um pandemônio quando muita gente percebeu que os botes estavam acabando.

Uma corrida pela vida teve lugar, entre cenas de desespero e heroísmo. Enquanto a banda tocava no convés até os últimos momentos, mulheres se negavam a deixar o navio sem seus maridos, homens ricos tiravam o lugar de mulheres pobres com crianças em seus braços, e milionários pediam whisky para morrer com dignidade. Entre as fortunas que pereceram naquela noite estavam Benjamin Guggenheim, que deu nome à mundialmente famosa rede de museus, e John Jacob Astor IV. Ricas ou pobres, 1.514 pessoas afundaram junto com o Titanic no dia 15 de abril de 1912. Muitas congelaram no mar, e poucos corpos foram recuperados.

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Luxo, dinheiro, nomes famosos, heroísmo, vergonha, tudo isso contribuiu para perpetuar a tragédia do Titanic em nosso imaginário por 105 anos. Se já há muito o que fazer em Belfast em termos de turismo político (a cidade continua dividida por um muro que separa católicos e protestantes, em guerra há séculos contra ou a favor do domínio britânico), o número de atrações se multiplica se você for um dos muitos interessados na história do navio. O bairro onde antes funcionavam os estaleiros da Harland & Wolff foi batizado de ‘Titanic Quarter’ e é lá que hoje se localiza o maior museu do Titanic no mundo todo, além de outras atrações:

SS Nomadic

Em Belfast, você pode ver e visitar por dentro o SS Nomadic, o navio auxiliar que a White Star Line construiu junto com os gigantes Titanic e Olympic. Foi ele que embarcou 274 passageiros da cidade de Cherbourg no Titanic em 1912, já que o navio era grande demais para o calado daquele porto. O Nomadic é a única embarcação da companhia ainda existente e foi totalmente restaurado. A entrada para visitação custa 7 libras apenas para o navio ou é liberada mediante apresentação do ingresso para o museu do Titanic. O horário de funcionamento e outras informações podem ser consultadas no site oficial.

Conheça o museu do Titanic e outros pontos turísticos do navio

Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar


Titanic Belfast (Museu do Titanic)

O museu do Titanic em Belfast é o maior do mundo dedicado à história o navio e foi construído exatamente no mesmo lugar que um dia abrigou os escritórios de desenho da Harland & Wolff, de onde saíram as plantas do Titanic. Ponto alto do Titanic Quarter de Belfast, o prédio ultramoderno oferece quatro andares de exposições interativas, além de milhares de fotos e registros históricos.

A entrada simples custa 18 libras e também libera a visita ao SS Nomadic. Há diversos tipos de pacotes de ingressos disponíveis, com direito a guia, foto e até mesmo chá servido em louças que imitam as do navio. Para consultar todos os preços e também o horário de funcionamento, confira o site oficial do Titanic Belfast. O museu abre o ano todo, menos de 24 a 26 de dezembro.

Conheça o museu do Titanic e outros pontos turísticos do navio

Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar

O museu do Titanic em Belfast prima pelas instalações interativas, no lugar da simples exibição de objetos históricos. Até porque há poucos por lá, mas isso não torna a visita menos interessante ou informativa. Um exemplo é a recriação da uma cabine de primeira classe, com direito a hologramas que representam os passageiros e tripulantes em sua rotina nos poucos dias em que durou a viagem inaugural do Titanic.

O museu do Titanic em Belfast alega não exibir artefatos retirados dos destroços do navio por questões éticas, mas tem em seu acervo alguns objetos originais. Entre eles, fotos, a planta do navio, os portões do estaleiro Harland & Wolff, menus, louças, brochuras promocionais e cartas enviadas por passageiros enquanto estavam a bordo – desembarcadas nos portos em que o Titanic fez parada antes de ir para o mar aberto.

Conheça o museu do Titanic e outros pontos turísticos do navio

Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar

O grande atrativo do museu do Titanic em Belfast é o aparato tecnológico. Em suas nove galerias de exposição interativas, o museu conta com um cinema, simulador do navio em 3D, recriação do deck, telas informativas acionadas por toque, exibição de filmes e sons, jogos e um centro de exploração do oceano. Nele, é possível fazer uma ‘visita’ aos destroços do navio através de robôs submarinos que realmente registraram as imagens no local e as exibem em pequenas telas à disposição dos visitantes.

A última seção do museu do Titanic em Belfast é dedicado às obras artísticas criadas com base na trágica história do navio, como músicas, livros, filmes e poemas. Entre eles não poderiam deixar de ser mencionados o filme homônimo de James Cameron (Titanic, 1997) e sua indefectível música tema ‘My Heart Will Go On’. Tão detentor de recordes quanto o navio que o inspirou, o filme foi, durante muitos anos, a maior bilheteria da história, assim como o maior vencedor de estatuetas da cerimônia do Oscar. Em ambas as listas, ainda hoje, ocupa a segunda posição.

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Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar


Titanic Slipways & Plaza

Do lado de fora do museu ficam as rampas (slipways) de onde o Titanic e seu irmão gêmeo, o Olympic, foram lançados ao mar pela primeira vez. O local foi transformado em uma praça onde, além do plano do navio desenhado em tamanho real no chão, você pode ver um mural com os nomes de todas as vítimas fatais do naufrágio. À noite, luzes de LED desenham no solo o formato do Titanic e do Olympic lado a lado.

Além das rampas (na foto abaixo), você pode visitar ainda no Titanic Quarter as docas secas onde o navio foi construído e onde esteve em terra firme pela última vez. O local fica a cerca de 10 minutos de caminhada do museu e cobra uma entrada à parte, no valor de 5 libras. A antiga casa de bombas do Titanic hoje abriga o centro de visitantes das docas e tem em exibição as gigantescas bombas usadas na construção, assim como outros equipamentos hidráulicos. Para informações sobre horários e dias de funcionamento, consulte o site oficial.

Conheça o museu do Titanic e outros pontos turísticos do navio

Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar

*** O Escolha Viajar este em Belfast em setembro de 2015 ***

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1 comentário

Paulo Rogerio 14 de abril de 2017 - 19:27

Fascinante!

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