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Avignon

por Escolha Viajar
Avignon
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A outra margem do rio oferece a melhor vista da ponte de Avignon
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O Roche des Domes oferece sombra e frescor em meio ao verão francês
Avignon
Campos de lavanda se tornam quadradinhos coloridos em meio ao verde
Avignon
Avignon me apresentou a cerveja belga de morango
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A Pont Sainte Benezet leva até o meio do Rio Rhôde
Avignon
Apesar da cor vibrante, o perfume das flores é bem sutil

COMO CHEGAR: Avignon fica na região da Provence, a 580 km de Paris. O meio mais rápido e barato de chegar à cidade é de trem, seja o TGV direto da capital francesa (a viagem demora 2h40), seja o comum de alguma outra cidade. A diferença, além do preço, é que a estação do TGV fica fora da cidade e é preciso pegar um ônibus que te deixa logo na entrada das muralhas. Já a estação local fica logo em frente, é só atravessar a rua. Se você já estiver na região, também consegue pegar um ônibus. Ainda é possível chegar de avião pelo Aeroporto Caumont, que recebe voos domésticos.

CLIMA: a melhor época para viajar à França vai depender do que você quer ver lá. Durante todo o ano, o país desfruta de temperaturas amenas, sendo que pode haver muito sol ou muita chuva dependendo da época. Se a pedida forem as praias do sul, serão os meses de calor de julho e agosto quando a temperatura passa de 30ºC em Ajaccio ou Marselha. Mais ao norte, acaba ficando próxima dos 25ºC, como em Brest ou Deauville. Se for a neve, janeiro e fevereiro, embora raramente isso aconteça em Paris. A neve é abundante nos maciços montanhosos, como os Alpes, mas é mais rara nas planícies, encontrando-se essencialmente ao norte do rio Loire. Se a boa for caminhar em meio às famosas folhas douradas que cobrem os chãos europeus sem extremos de calor ou frio, o ideal é o outono, entre setembro e outubro, embora ele seja chuvoso. Na primavera, o termômetro depressa passa acima dos 20ºC no sul e, depois de maio, todos os franceses passeiam pelas ruas de camiseta. A Provence, região onde está localizada a cidade, goza de verões quentes e secos com temperaturas superiores a 30°C e noites relativamente frescas, entre 20°C e 25˚C. Mesmo os invernos são leves e ensolarado, mas, às vezes, pode ser bastante frio por causa do Mistral, um vento forte e frio. Os melhores meses para visitar a Provença são aqueles que vão de abril a setembro, quando o clima é mais agradável e as variações do termômetro, menos bruscas.

FUSO HORÁRIO: quatro horas a mais do que o horário de Brasília.

DOCUMENTOS: não é necessário visto prévio para turismo nos países da chamada Zona Schengen, nem vacinas. Mas é preciso ter em mãos uma série de documentos para comprovar que você não está imigrando ou planejando passar mais tempo que os 90 dias permitidos. Além disso, é obrigatório contratar um seguro de saúde internacional. Leve com você a passagem de volta, comprovante de hospedagem, de que tem renda para se manter durante a estadia (extrato do banco ou do cartão de crédito) e de que tem emprego fixo no Brasil. Muitas vezes nada é pedido, mas em outras você pode ser o escolhido para uma ‘entrevista’ de 40 minutos e é melhor ter tudo pronto.

HOSPEDAGEM: o Ibis Avignon Centre Gare é uma excelente escolha para conhecer a cidade de Avignon, especialmente se você chegar via trem. Como o nome diz, ele fica ao lado da estação central de vagões comuns e muito próximo ao terminal de ônibus que leva você até a estação onde para o TGV, o trem-bala francês. Embora não tenha uma vista muito bonita, para os trilhos, o prédio está bem localizado logo do lado de fora das famosas muralhas da cidade, sendo possível caminhar até o outro lado, onde está a Pont Sainte Benezet, em cerca de 20 minutos ou pouco mais. A Ibis é uma rede mundial de hotéis de baixo custo do grupo Accor, oferecendo aos hóspedes preços razoáveis por quartos pequenos e limpos, com café da manhã pago à parte.

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COMO SE LOCOMOVER:
Táxi – não chegamos a utilizar porque a parte histórica da cidade pode ser facilmente percorrida a pé. Só parece necessário para quem chega pelo aeroporto ou quer fazer os passeios pela região por conta própria.
Transporte público – também não chegamos a utilizar, pelos mesmos motivos acima. Mas o sistema é muito eficiente em toda a França.
Carro – não há necessidade, como já foi dito. Além disso, o trânsito parece ser bastante caótico e os motoristas franceses, agressivos. Fica como opção para quem quer percorrer os arredores da cidade e tem ojeriza a tours.
A pé – foi como conhecemos a cidade e parece a melhor opção, já que tudo dentro das muralhas pode ser conhecido apenas batendo perna. Para conhecer locais fora da cidade, como os campos de lavanda, basta contratar um passeio em van ou micro-ônibus.

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ROTEIRO:

Dia 1 – quarta, 27/07/2011

Chegamos no trem vindos de Carcassonne às 15h30, hora em que, no verão francês, ainda teríamos muito tempo de sol pela frente. E decidimos não perder nenhum minuto. Assim que largamos as coisas no hotel, que ficava bem ao lado da estação, já demos de cara com um dos pontos turísticos da cidade: as muralhas. Construídas na época medieval, elas cercam a chamada Cidade Velha e foram tombadas como Patrimônio Mundial pela Unesco. É dentro delas que ficam as construções históricas e também o maior festival de teatro da França, que estava acontecendo justamente naquela semana. Por todos os lados, artistas se apresentavam em meio aos prédios antigos, fazendo números de mímica, dança, música, mágica e pequenas esquetes. As peças mais importantes aconteciam nos teatros, mas a magia estava mesmo nas ruas. Por conta disso também a cidade estava cheia e uma multidão lotava a Place d’Horloge, a principal da cidade, com seus cafés, bares e restaurantes espalhados sob o sol quente do verão. Almoçamos um lanche leve, já com os olhos na maior atração de Avignon, que se ergue ao lado da praça: o Palais des Papes.

No Palais pode-se conhecer a vida dos papas sem ir ao Vaticano

No Palais pode-se conhecer a vida dos papas sem ir ao Vaticano

A cidade se tornou famosa em toda a cristandade ao se converter na residência dos papas em 1309. Clemente VI, não querendo voltar a Roma depois do caos da sua eleição, comprou a cidade da rainha Joana I da Sicília e ela permaneceu como propriedade dos pontífices até 1791, quando foi incorporada à França. Graças a isso, Avignon ela ganhou um belíssimo palácio, onde os trabalhos de restauro nos permitem ver pinturas do século 12 ainda nas paredes e conhecer um pouco da suntuosidade em que viviam os representantes de Deus na Terra sem ter que passar pelas filas do Vaticano. É possível fazer a visita ao palácio com ingresso combinado para a Pont Sainte Benezet, mas, devido ao horário, ela já estava fechada, mesmo com o sol a pino, e tivemos que guardar a outra metade da visitação para o dia seguinte. Logo ao lado do Palais estão uma igreja pequena e simpática e o jardim Rocher des Dom. Localizado em uma colina que se ergue sobre a cidade, ele fecha um pouco mais tarde e foi o local que escolhemos para assistir a um belo pôr do sol. O parque é lindo, cheio de gramados, fontes e um lago com um café, e tem vista para a ponte e o Rio Rhône. Tanto que, expulsos pelo fim do dia, decidimos voltar no outro para vê-lo melhor. Voltamos à Place d’Horloge por volta das 22h e ainda havia luminosidade no céu. Sentados nos bares, apreciando uma gelada e saborosa cerveja belga de morango, acompanhada de crepe de caramelo, e vimos se acenderem as luzes que iluminam o Palais des Papes à noite. É um outro espetáculo, e vale tanto quanto conhecê-lo de dia.

A iluminação noturna do Palais impressiona tanto quanto a diurna

A iluminação noturna do Palais impressiona tanto quanto a diurna

Dia 2 – quinta, 28/07/2011

Acordamos cedo para fazer um tour que havíamos agendado com antecedência pelos campos de lavanda, o cartão postal da Provence. Eu já havia escolhido a região como parte do nosso roteiro justamente porque estaríamos na França na época da floração, quando eles colorem de lilás esta parte do país: as duas últimas semanas de julho. Uma simpática guia levou a nós, um casal de árabes e um trio de coreanos mau humorados pelas estradas ao redor de Avignon, até que, já bem alto nas montanhas, encontramos os campos. A reação infantil diante de tanta cor e beleza é praticamente unânime. Todos pulam da van e correm pelo local, tiram zilhões de fotos e aspiram o perfume que, na planta, é bastante sutil. Após essa epifania campestre, fomos conduzidos até o pequeno e simpático vilarejo de Sault, onde um mirante tem vista para os quadrados coloridos que formam as plantações lá em baixo e também é possível comprar diversos produtos feitos com lavanda. Me contentei com alguns itens da L’Occitane en Provence, que tem sua fábrica na região e que são vendidos a preços bem mais em conta por causa da ausência de frete, e com um inusitado sorvete de lavanda.

Apesar da cor vibrante, o perfume das flores é bem sutil

Apesar da cor vibrante, o perfume das flores é bem sutil

Uma delícia docinha e refescante para o calor do meio-dia. Em seguida, a guia nos levou de volta para a cidade, onde seguimos direto até a ponte que ilustra a famosa canção típica francesa ‘Sur le Pont d’Avignon’, a Sainte Benezet. A construção medieval não cobre mais todo o rio, mas vai até a metade dele e é possível passear por esse trecho. Também pode-se engatar dali uma caminhada sobre uma pequena parte das muralhas, logo abaixo do Rocher des Doms. Ao lado, fica um píer onde se pega, gratuitamente, a navette que leva ao outro lado do Rhône.  A margem de lá tem uma ciclovia ajardinada e proporciona a melhor visão da ponte. De volta ao lado da cidade, retornamos ao jardim, dessa vez para aproveitar as sombras com um pouquinho mais de tempo. Passeamos pelas alamedas, sentamos no gramado e comemos profiteroles com sorvete no café do lago. À noite, voltamos à Place d’Horloge para mais uma janta sob as luzes e sombras do Palais des Papes. Ainda aproveitamos o último dia do festival de teatro para assistir algumas apresentações antes de voltar para o hotel.

A outra margem do rio oferece a melhor vista da ponte de Avignon

A outra margem do rio oferece a melhor vista da ponte de Avignon

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