Página inicial EuropaFrança Bordeaux: roteiro para 2 dias de viagem com vinhedos de Saint-Émilion

Bordeaux: roteiro para 2 dias de viagem com vinhedos de Saint-Émilion

por Escolha Viajar
Flores e plantação de uva ao redor da vila de Saint-Émilion

Vai viajar e não sabe como organizar seu roteiro em Bordeaux? Não se preocupe! Neste texto, vamos te explicar passo a passo o que fazer, onde ficar e – especialmente – onde beber na capital do vinho da França. Mas não só isso: Bordeaux também tem é uma cidade charmosa e encantadora, cujo projeto de revitalização resgatou pontos turísticos históricos como igrejas, torres, pontes e mais. Não poderiam faltar no roteiro os vinhedos da vizinha Saint-Émilion.

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Embora seja habitada por tribos gaulesas desde o século III AC, estima-se que a produção vinícola tenha se consolidado na região durante o domínio romano, no século IV. A região de clima ameno, terrenos drenados e cortada pelo paralelo 45º – uma ótima latitude para o vinho -, levou Bordeaux da produção do claret no século XII para tintos encorpados no século XVII. A denominação de origem controlada foi estabelecida em 1936.

Hoje, Bordeaux é a localidade francesa que concentra a maior quantidade de grandes propriedades vinícolas. Os vinhedos se estendem às margens do Rio Garonne, muitos deles espalhados ao redor de ‘châteaux’ – ou castelos -, que servem de sede para as grandes casas produtoras. Mais de 80% da produção da região é de vinhos tintos, marcados pela predominância das uvas Cabernet Sauvignon e Merlot. Mas há bons brancos também, doces e secos.

Fachada de loja de vinhos na vila de Saint-Émilion

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Mas não somos especialistas em vinhos, apenas meros apreciadores fugazes. Encontramos todas essas importantes informações na Revista Adega, e você pode se aprofundar mais lendo o artigo aqui. A bebida não foi o principal motivo que nos levou a Bordeaux, e sim a empolgação dos visitantes com a redescoberta da cidade. Explico: durante os anos 1980, seu centro histórico caiu em degradação e deixou de atrair turistas não enólogos.

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Mas, graças a um bem-sucedido projeto de restauração levado a cabo nos anos 90, Bordeaux recuperou seu antigo esplendor e passou a ser conhecida como ‘A Bela Adormecida’. Em 2007, metade da capital do vinho virou Patrimônio Universal da Unesco, somando mais de 350 edifícios tombados. Hoje, vive lotada de gente em busca do seu charme, pontos turísticos e das dezenas de restaurantes e adegas, onde é possível fazer degustação de vinho.

Acabamos nos apaixonando pelas duas facetas do lugar, tanto a histórica quanto a vinícola. Até porque uma não está dissociada da outra. No vilarejo vizinho de Saint-Émilion, colinas cobertas de parreirais circundam um emaranhado de ruelas históricas, onde se erguem torres e igrejas medievais. Imperdível! Confira a seguir onde fica Bordeaux, como chegar até ela, onde se hospedar e um roteiro para dois dias de viagem cheio de atrações 😉

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Place de la Bourse, com a fonte ao centro, fica iluminada à noite em Bordeaux

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar


Onde fica e como chegar a Bordeaux

Bordeaux é a capital e a maior cidade da região de Nova Aquitânia, no sudoeste de França. Ela está localizada a 585 quilômetros de Paris, 555 quilômetros de Lyon e a 245 quilômetros de Toulouse. As cidades turísticas mais próximas são Carcassonne, 335 quilômetros a sudeste; e Tours, 350 para o norte. Por ser uma cidade relativamente grande – 235.000 habitantes -, é de fácil acesso e tem o seu próprio terminal aéreo: o Aeroporto de Bordeaux-Mérignac.

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Voos diretos de Paris levam apenas 1h15 para chegar à cidade. É possível voar ainda sem escalas desde Lyon, Marseille, Nice, Genebra (Suíça), Barcelona (Espanha), Madri (Espanha) e uma infinidade de outras cidades dentro e fora da França. Mas o mais comum entre os turistas é chegar de trem à Gare Saint Jean, aproveitando a ampla e excelente malha francesa. Saindo de Paris, o trajeto a bordo do TGV – o trem-bala francês – é percorrido em menos de 2h30.

Há diversos horários de partida ao longo do dia, com saídas desde a Gare Montparnasse. Até Toulouse, são 2 horas de viagem; até Montpellier, 2h20; até Marseille, 6h. Com uma troca de trem, é possível chegar a Barcelona em 6h15. De Tours, cidade que serve como base para conhecer os famosos castelos do Vale do Loire, o trajeto direto é de 1h50. De Carcassonne – a cidade medieval mais bem preservada da França – são 2h55 de viagem sem escalas.

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Para consultar todos os itinerários, preços e horários de trens, clique aqui. De ônibus, os trajetos ficam bem mais demorados, mas com menor custo para o seu bolso. Até Paris são entre 8 e 10 horas de viagem dependendo da empresa, mas os preços partem de meros 8 euros! Em 10 horas você chega a Barcelona por a partir de 15 euros. O coletivo direto para Marseille leva 8h30; Montpellier, 6 horas; Toulouse, 3 horas; e Lyon, 8 horas.

Desde Tours, a viagem sem paradas leva entre 4h30 e 6h30, com passagens partindo de 9 euros. Desde Carcassonne, o trajeto ‘non stop’ é de 4h50 e custa 13 euros. Note que, na França, não existem rodoviárias centralizadas, cada empresa parte de um ponto diferente, que normalmente é acessível por transporte público e está destacado na passagem. Para informações de trajetos entre outras cidades, preços, horários ou reservas de tickets, clique aqui.

Fachada da Gare Saint-Jean, a estação de trens de Bordeaux

Foto: Marc Ryckaert/Wikimedia Commons


Quando ir a Bordeaux (clima)

O clima em Bordeaux é o oceânico, o que significa que as temperaturas são amenas e as chuvas ficam bem distribuídas ao longo do ano. Pode-se visitar a cidade em qualquer mês sem grandes prejuízos às atividades turísticas. Mas a época mais recomendada é de maio a outubro, quando os termômetros marcam graus mais altos e a chuva é um pouco menos presente. Os meses mais quentes são julho, agosto e setembro, com médias mínimas de 14ºC e máximas de 27ºC.

Os mais frios são dezembro, janeiro e fevereiro, quando as temperaturas médias oscilam entre 4ºC e 11ºC. Os meses mais secos são também julho, agosto e setembro. Mesmo assim, espere entre 8 e 12 dias de chuva em média. Os mais úmidos são novembro, dezembro e janeiro, quando pode haver precipitação em até 13 dias. Note que em junho são organizados festivais de primavera, em setembro há o festival da colheita da uva e em julho/agosto a cidade lota com as férias.

Ruínas do Couvent des Ursulines em meio aos parreirais de Saint-Émillion

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar


Onde ficar em Bordeaux – Hospedagem boa e barata!

Infelizmente, Bordeaux é uma cidade com poucas opções de hospedagem bem avaliadas a baixo custo. Mas quem procura sempre acha, e achamos o Ibis Budget Bordeaux Centre – Gare Saint Jean. Este hotel faz parte da cadeia internacional Ibis, rede de acomodações simples e diárias com preços razoáveis, mas localizações normalmente afastadas do centro e sem café da manhã. O Bordeaux Centre fica bem em frente à Gare Saint Jean, a estação de trens da cidade.

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Mas, como Bordeaux tem um excelente sistema de transporte público, a distância de 2 quilômetros do centro histórico não chega a ser nenhum problema. Uma linha de tram – o bonde moderno – passa bem na frente do hotel. Além disso, fica até mais fácil para fazer o passeio a Saint-Emilión, para onde é preciso pear um trem regional que sai de Saint Jean. O local é bem movimentado e há lanchonetes e um supermercado próximos para comprar bebidas ou lanches.

Como de costume na rede Ibis, os quartos são bem pequenos, mas têm televisão, ar condicionado, calefação e banheiro privativo. A limpeza é excelente, a cama é confortável e a internet WiFi, gratuita. As diárias custam a partir de 65 euros a acomodação para duas ou três pessoas. Serviço de café da manhã está disponível por um custo adicional. Passamos duas noites lá em nossa estadia em Bordeaux e aprovamos! Para mais informações ou reservas, clique aqui.

Quarto do hotel Ibis Budget Bordeaux Centre

Foto: Divulgação


Roteiro em Bordeaux – O que fazer em 1 dia

No seu primeiro – ou único – dia em Bordeaux, a ideia é acordar cedinho para conseguir percorrer todas as atrações do centro histórico. Se estiver hospedado fora da região central, a sugestão é pegar a Linha C ou D do tram e descer na Estação Saint-Michel. Primeiro, se dirija à beira do Rio Garonne para admirar a bela Pont de Pierre, inaugurada em 1822. A elegante obra foi encomendada por Napoleão e exibe 17 arcos, além de belos lampiões de ferro fundido.

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Voltando-se para o lado da cidade, você verá na sua esquerda a torre pontuda e alta de uma igreja. É a Basílica de Saint-Michel, construída em estilo gótico flamboyant entre os séculos XIV e XVI. A entrada no edifício principal é gratuita. Em frente a ele fica a torre do sino, que você viu de longe. Ela é conhecida como ‘A Flecha’ por ter 114 metros de altura! Para subir, é preciso pagar 5 euros, mas as belas vistas da cidade compensam o pequeno gasto.

Basílica de Saint-Michel com a torre do sino à frente, em Bordeaux

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Seguindo com o passeio, volte para a beira do rio e siga alguns metros em frente até encontrar a Porte de Bourgogne. Este arco de pedra em estilo romano foi construído no século XVIII como entrada simbólica da cidade. Atravesse-o e pegue a avenida Cr Victor Hugo, andando até encontrar a Rue Saint-James à direita. Nesta via estreita fica o Grosse Cloche, ou ‘relógio grande’. É a única torre remanescente da muralha do século XIII que cercava a cidade.

No seu topo, em 1775, foi alocado um imenso relógio de 7.750 quilos! Quem se interessar pode visitar a torre, que foi uma prisão para jovens, mas é preciso pagar entrada (não encontramos valores atualizados disponíveis na internet). Passe por baixo do Grosse Cloche e dobre à direita na Rue Teulère para continuar o passeio. Pegue a esquerda na Rue Buhan, a direita na avenida Cr d’Alsace-et-Lorraine e a esquerda na Place du Palais. Você vai sair na Porte Cailhau.

Torre do Grosse Cloche, ou 'relógio grande', em Bordeaux

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Construído em 1495, este portão defensivo com exterior semelhante a um castelo foi a principal via de acesso à cidade na Idade Média. É possível visitá-lo por dentro – 5 euros – e descortinar vistas do alto dos seus 35 metros de altura. Continue caminhando, agora pela beira do rio. Você vai avistar logo à frente o famoso espelho d’água de Bordeaux – Le Miroir d’Eau. É o maior do mundo com 3.450 m² e foi construído como parte do projeto de revitalização da cidade.

A lâmina de 2 centímetros de água sobre o piso de granito reflete permanentemente a Place de la Bourse, do outro lado da avenida. Quando as temperaturas ficam altas, adultos e crianças costumam entrar nele para se refrescar e se divertir em seus jatos d’água e de vapor. Mas, no inverno – de novembro a abril -, ele é esvaziado para manutenção! Atravesse a rua para admirar de perto a belíssima Place de la Bourse, cartão-postal de Bordeaux.

Crianças brincam no Espelho d'Água - Le Miroir d'Eau - de Bordeaux

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Em estilo renascentista e formato retangular, foi a primeira construção planejada fora das muralhas da cidade. De um lado fica Hôtel des Fermes, do outro o Hôtel de la Bourse e, no centro, está a encantadora Fonte das Três Graças (1869). Atravesse a praça e pegue a Rue Fernand Philippart, que vai dar na Place du Parlement. Em estilo italiano, esta charmosa praça é cercada de restaurantes e café e exibe uma bela fonte do século XIX no centro.

Pegue a Rue des Lauriers à direita, a Saint-Rémi à esquerda e a Piliers de Tutelle à direita. Você vai sair na lateral do Grand-Théâtre, um grandioso prédio colunado inspirado na Ópera Garnier, de Paris. Se você se interessar em ver a casa de espetáculos por dentro, ela abre para visitação de terça a sábado com ingressos a 12 euros. Siga reto pela rua em frente ao teatro, a Cr du 30 Juillet. Você vai dar na Esplanade des Quinonces, a maior praça da Europa!

Place de la Bourse, com a Fonte das Graças ao centro, em Bordeaux

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Nela, fica o Monumento aos Girondins, uma coluna de 43 metros cercada por uma bela fonte de bronze que rende ótimas fotos. A essa altura você deve estar faminto, então pegue a rua que sai reto de trás do monumento, a Cr de Tournon, contorne a rotatória e continue pela Rue Huguerie. No número 19, fica o Baud et Millet, restaurante francês especializado em queijos e vinhos. Uma combinação perfeita para quem visita Bordeaux!

Aliás, se você quiser agendar uma degustação guiada para às 11h30, clique aqui. O custo é de 39 euros e inclui 9 queijos e 3 vinhos. A duração é de 1h30. Depois de comer e beber bem, hora de caminhar mais um pouquinho. Vá até a esquina e dobre à direita na Rue Lafaurie de Monbadon, depois à esquerda na Fondaudège e siga por ela até encontrar o Palais Gallien. Ao contrário do que o nome sugere, não é um palácio, mas as ruínas de um anfiteatro romano.

Fonte do Monumento aos Girondins, na Esplanade des Quinonces, em Bordeaux

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

A porta monumental segue em pé, constituindo o mais antigo vestígio da cidade, que naquela época se chamava Burdigala. nada resta da arena, que comportava 20.000 pessoas. Pode-se visitar o sítio arqueológico, mas não encontramos preços atualizados na internet. Bem em frente ao monumento, pegue a Rue du Colisées e dobre à direita na Rue du Palais Gallien. Siga por ela até chegar à Place Gambetta, um pequeno e gostoso refúgio verde e florido.

Do outro lado da praça fica a Porte Dijeaux, que marca uma das rotas de entrada da cidade desde os tempos romanos. O arco que vemos hoje foi construído no século XVIII em estilo neoclássico. Não siga pela via de pedestres que passa pelo arco, volte e pegue a Rue Bouffard até ela acabar na Rue Montbazon. Entre nela à esquerda e então em qualquer entrada à direita. Você vai dar de cara com a imponente Catedral de Saint-André e sua torre, a Pey Berland.

Pessoas atravessam o arco neoclássico da Porte Dijeaux, em Bordeaux

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

O imenso edifício gótico foi consagrado em 1096 pelo Papa Urbano II e nela foram celebrados os casamentos de dois reis da França (Luís VII e Luís XIII). A entrada no edifício principal é gratuita. Já a Tour Pey Berland foi construída separadamente em 1440 para abrigar um sino de 11 toneladas, maior do que a igreja era capaz de suportar. Quem quiser encarar os 229 degraus para subir nela, poderá apreciar o centro da cidade de uma altura de 50 metros.

O ingresso custa 6 euros. E assim encerramos o trajeto na parte histórica de Bordeaux. Certifique-se de que sejam no máximo 16h30 e se dirija de volta até o espelho d’água. Esse é o ponto de encontro para o passeio de barco pelo Rio Garonne. Reserve o seu aqui por 19 euros. A navegação vai das 17h às 18h30 e inclui degustação de uma taça de vinho e de canelés, um bolinho de baunilha e rum típico da região!

Rua de Bordeaux com a gótica Catedral de Saint-André ao fundo

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Desde a água, você poderá admirar o museu tecnológico chamado La Cité du Vin. O moderno prédio de 2016 tem formato arqueado feito em alumínio e vidro. Seus 13.350 m² e 10 andares dedicados a exposições interativas e degustações de vinho. Mas não temos tempo de visitá-lo nesse dia, pois ele fecha às 18h ou 19h dependendo da época do ano. Se você tiver mais um dia na cidade, pode retornar e dedicar o tempo devido a conhecê-lo.

O ingresso básico custa 20 euros com direito a uma degustação e você pode comprar o seu aqui com antecedência. Mas dá tempo sim de jantar e beber um pouquinho mais em um bom restaurante, hehe! Sugerimos o La Bodega del Teatro Bordeaux, onde deliciosos petiscos espanhóis se misturam aos vinhos de Bordeaux . Os preços são honestos e o clima, aconchegante. Fica pertinho do museu, na Rue de la Faïencerie 24 – está marcado no mapa.


Roteiro em Bordeaux – O que fazer em 2 dias

O segundo dia em Bordeaux será dedicado a visitar o vilarejo vinícola de Saint-Émilion. Para percorrer os 35 quilômetros que separam as duas localidades, você pode ir de tour ou por conta própria. O passeio de um dia inteiro com transporte, degustação e visita guiada sai por 135 euros e você pode reservar aqui. Para ir por conta própria, é só chegar na Gare Saint-Jean, comprar as passagens (9,50 euros) e embarcar. Em 30 minutos você estará na estação do vilarejo.

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A caminhada de 1,2 quilômetros até a vila é uma delícia, cercada de belas visões dos vinhedos se espalhando pelas colinas. Quando chegar na entrada da cidade, quebre para as ruelas à direita, em busca da Porte Brunet. Traçamos os caminhos no mapa abaixo, mas Saint-Émilion é tão pequenina que você pode ir só seguindo seu ‘feeling ‘para achar tudo. A porta de pedra com dois arcos é a única que restou das muralhas construídas no século XII.

Naquela época – e mesmo antes – Saint-Émilion já era uma rica localidade produtora de vinho, primeiro para os peregrinos a caminho de Santiago de Compostela (Espanha), depois para os dominadores ingleses. Hoje, a charmosa vila medieval – com seus menos de 2.000 habitantes – é tombada pela Unesco. Atravessando a porta e seguindo pela rua, você chega ao Cloître des Cordeliers. O acesso aos jardins e claustro do mosteiro do século XIV é gratuito.

Vinhedos encontram as antigas muralhas do vilarejo medieval de Saint-Émilion

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Depois do mosteiro, a rua faz uma esquina bicuda com a Rue Guadet. Entre alguns metros nela e admire, na sua direita, a Porte de la Cadène. O belo arco de pedra sobre a rua é parte da única casa em estilo enxaimel da aldeia e tem uma fachada que data do início do século XVI. Siga agora toda vida pela Rue Guadet na direção oposta ao centro. No caminho, faça uma parada no número 9, onde funciona a fábrica de macarons de Nadia Fermigier.

Os habitantes de Saint-Émilion reivindicam a invenção do famoso doce francês, oferecendo aos visitantes uma receita diferenciada, com textura de bolo e formato de biscoito. Compre alguns para o lanche ou a sobremesa. Continue pela Guadet até ela acabar numa rotatória. Do seu lado direito, você vai ver o ponto de partida de um trenzinho turístico chamado Train des Grands Vignobles. Aqui você tem duas opções de como prosseguir o passeio.

Arco de pedra da Porte de la Cadène, no vilarejo de Saint-Émilion

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Você pode comprar o ticket de trem com ou sem visita às cavas subterrâneas do século XVIII no Château Rochebelle. Sem a visita, a volta de trem pelos arredores da cidade se limita a um tour panorâmico pelos vinhedos, custa 7 euros e dura 35 minutos. Com a parada no Château Rochebelle, o preço sobe para 12 euros e a duração da atividade vai a 1h20. Você pode comprar o ticket na hora, ou com antecedência aqui. O trem funciona das 10h30 às 17h45.

Se você não tiver ido ao Rochebelle ou se quiser visitar mais um, o Château Villemaurine fica logo atrás da parada do trem, para onde você será levado de volta ao fim do circuito. O Villemaurine também tem caves subterrâneas, a visita custa 18 euros e dura 1 hora, com degustação. É preciso reservar com antecedência aqui – aliás, nenhuma vinícola da cidade aceita visitantes sem hora marcada. Outra opção próxima é o Château Soutard, que fica a apenas 1 quilômetro.

Taças de vinho servidas no Château Soutard, em Saint-Émilion

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Volte para a rodovia – a D243 – e pegue à primeira entrada à esquerda. A visita ao Soutard custa 15 euros e dura 1 hora, com degustação. É preciso reservar com antecedência aqui. Na volta, passe pela rotatória e admire Les Grandes Murailles, ruínas de um imenso convento dominicano do século XIII hoje cercadas de parreirais. Pegue a Av. de Verdun e siga contornando a cidade por 600 metros. Você chegará ao Couvent des Ursulines, onde as freiras se estabeleceram em 1620.

Hoje, as ruínas do antigo convento servem como cenário idílico para plantações de uvas e rendem belas fotos. Entre novamente na vila pela Rue du Convent e suba até a Tour du Roy, que você estará vendo bem em frente às ruínas. Esta torre de menagem em estilo românico foi construída no século XIII e tem 32 metros de altura. É possível subir os 118 degraus para acessar o topo, que oferece uma vista deslumbrante da cidade. A entrada custa 2 euros.

Torre medieval chamada Tour du Roy, em Saint-Émilion

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Depois, desça até a Grande Fontaine, que fica aos pés da torre. Essa fonte foi convertida em lavatório no século XIX e ainda hoje recebe água límpida. Siga agora para o coração de Sain-Émilion. Basta mirar onde está a torre da igreja e ir naquela direção. Para subir até ela, procure a Rue du Tertre de la Tente, uma das estreitas vias originais da cidade calçada com pedras irregulares. Logo, você estará aos pés da inusitada Igreja Monolítica.

A igreja subterrânea foi talhada em um único bloco de pedra calcária no século XII. Acima dela, se ergue a parte visível do templo: um campanário de 68 metros. Pode-se subir seus 196 degraus para ter vistas da cidade lá de cima por 2 euros. Mas, devido à fragilidade da conservação da igreja, só é possível entrar nela com visitas guiadas. Os tours custam 9 euros e podem ser reservados no Escritório de Turismo – atrás da igreja – ou com antecedência aqui.

Igreja Monolítica de Saint-Émilion, com a torre do sino no topo

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Depois da visita, siga subindo pela Rue du Tertre de la Tente até ela acabar na Rue des Girondins. Pegue a direita vá até a doceria Canelés Baillardran, já na esquina com a Rue Guadet – lá onde você começou todo o passeio. A parada é para comprar alguns canelés, um bolinho de baunilha e rum típico da região. Uma delícia! Desse ponto, você pode descer pela Rue de la Cadène – aquela mesma do arco – e fazer o caminho de volta até a estação de trem.

Com o fim da tarde, resta retornar para Bordeaux. Para arrematar a programação do fim de tarde/noite, você pode tentar fazer aquela visita à Cité du Vin que mencionamos no ‘Dia 1’. Ou retornar ao Le Miroir d’Eau, para ver as fontes e a Place de la Bourse com sua iluminação noturna. A imagem refletida na água rende belas fotos! Nas ruas entre a Place de la Bourse e a Place du Parlement, há inúmeras opções de bares e restaurantes para o brinde final à Bordeaux!

*** O Escolha Viajar esteve em Bordeaux (França) em agosto de 2015 ***

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