Página inicial EuropaGrécia Ilha de Rhodes: o que fazer em 3 dias, onde ficar e quando ir [com mapas]

Ilha de Rhodes: o que fazer em 3 dias, onde ficar e quando ir [com mapas]

por Escolha Viajar
Saint Paul's Bay vista desde a Praia de Agios Pavlos, em Lindos

Quer conhecer a Ilha de Rhodes, na Grécia, e não sabe por onde começar a organizar sua viagem? Não se preocupe! Neste texto vamos te dizer passo a passo onde ela fica, como chegar, quando ir, onde se hospedar e o que fazer em 1, 2 ou 3 dias – acompanhado de mapas detalhados. Nada de casas brancas e azuis, capelinhas ou penhascos como nas famosas Santorini e Mykonos. Rhodes é a mais surpreendente e tem as mais belas praias das ilhas gregas!

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Aproveite e confira aqui nossa sugestão de viagem completa de 20 dias pela Grécia. Voltando a Rhodes, é a maior das ilhas do Arquipélago do Dodecaneso, situadas no Mar Egeu. A ilha tem cerca de 1.400 km² de área e uma população de mais de 80 mil habitantes. Famosa desde a Antiguidade devido ao Colosso de Rhodes – estátua considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo – hoje é o segundo destino turístico mais procurado da Grécia, perdendo apenas para Creta.

O que leva tanta gente até lá? Vamos ter que voltar bastante no passado. Localizada no cruzamento das principais rotas marítimas da Antiguidade, Rhodes foi o ponto de encontro do comércio e das atividades militares dos continentes europeu, africano e asiático. A ilha enriqueceu e tornou-se uma das localidades mais poderosas e desenvolvidas da Grécia Antiga. Nesse período, foi erguido o Colosso de Rhodes, uma das Sete Maravilhas do Mundo.

Homens pescam junto à coluna que simboliza o antigo local do Colosso de Rhodes

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

A construção da estátua que representava o deus Apolo levou 12 anos e terminou em 282 AC. O colosso de 33 metros de altura ficava situado na entrada do porto da cidade, mas desmoronou com o terremoto que atingiu a região em 226 AC e desapareceu para sempre no mar. Com tanta fama e prosperidade, Rhodes atraiu os olhares cobiçosos de outros povos, que se alternaram com os gregos no comando da ilha ao longo dos últimos 2.000 e tantos anos.

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A capital da ilha – que também se chama Rhodes – foi tombada como Patrimônio da Unesco. Em suas ruelas de pedras irregulares envoltas por 4 quilômetros de muralhas convivem a herança cultural e arquitetônica da Grécia Antiga, do Império Romano-Bizantino, do Império Otomano, da Ordem dos Cavaleiros de Malta, da presença do povo judeu e da ocupação italiana. Uma mistura que não pode ser vista em nenhum outro lugar do mundo!

Não bastasse essa diversidade histórica, Rhodes ainda foi agraciada com praias belíssimas! Tão lindas que uma delas foi dada de presente ao ator Anthony Quinn. Para nossa sorte, ele nunca tomou posse da oferta e continuamos podendo visitar a paradisíaca Vagies Beach, hoje mais conhecida como Anthony Quinn’s Bay. Sem falar na baía de Lindos, onde praias de águas cristalinas têm vista para uma Acrópole. Prepare-se para conhecer tudo sobre Rhodes!

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Vista da praia de Anthony Quinn's Bay, em Rhodes

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar


Onde fica e como chegar até Rhodes?

Rhodes faz parte do Arquipélago do Dodecaneso, um grupo de ilhas do Mar Egeu. Localizada no sudeste do país, fica muito mais perto da costa da Turquia – 18 quilômetros – do que da Grécia continental. A capital, Atenas, fica a 560 quilômetros de distância e a vizinha mais famosa, Creta, a 375 quilômetros. Outro destino muito popular entre turistas que se localiza nas proximidades é a Ilha de Santorini, a 300 quilômetros de distância.

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Para chegar até Rhodes, é muito fácil. Ela tem seu próprio aeroporto internacional, localizado a 15 quilômetros de distância da capital. Do aeroporto até seu hotel, o transfer sai por 40 euros para duas pessoas (reserve aqui). Há voos diretos desde Atenas ou Creta em apenas 1 hora. Mas o principal meio de locomoção é o ferry. Linhas marítimas conectam Rhodes aos portos de Bodrum, Fethiye e Marmaris, na Turquia, mas estão suspensas por conta da pandemia.

Dentro da Grécia, pode-se navegar entre Rhodes e o Porto de Piraeus (em Atenas) e as ilhas de Symi, Samos, Agathonisi, Arki, Patmos, Fourni, Ikaria, Kastellorizoe, Chalki, Tilos, Nisyros, Kos, Kalymnos, Leros, Lipsi, Astypalaia, Karpathos, Syros, Amorgos, Santorini, Anafi, Milos, Kasos, Creta e Fournoi. Note que nem todos esses trajetos estão disponíveis o ano inteiro, alguns só funcionam na alta temporada de féria de verão na Europa – meses de junho a agosto.

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Para consultar os destinos, horários e preços disponíveis na época da sua viagem, acesse o site de ferries da Grécia aqui. O custo da passagem e a duração da viagem também variam muito conforme o tipo de embarcação e qual linha ela vai fazer. De Atenas a Rhodes, por exemplo, o trajeto pode durar de 15 a até 18 horas, e os tickets saem por volta de 55 euros. De Santorini a Rhodes, pode durar de 7 a inacreditáveis 21 horas, e os tickets saem por de 25 a 60 euros.

Ferry da Blue Star ancora no Porto de Rhodes

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar


Quando ir e como é o clima em Rhodes?

O clima em Rhodes é o Mediterrânico, predominantemente seco e ensolarado. Em média, chove apenas 44 dias por ano na ilha! Os verões são quentes e de baixa umidade; e os invernos, amenos e com um pouco de chuva. A única constante ao longo de todas as estações é o vento. No verão, ele ajuda a baixar os termômetros da casa dos 30ºC ao longo dos 220 quilômetros de costa. Mas no interior da ilha, onde ele não chega, pode passar dos 40ºC.

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Os meses mais quentes são junho, julho, agosto e setembro, quando as temperaturas ficam em média entre os 20ºC e os 31ºC – mas podem chegar facilmente aos 35ºC no auge do verão. Os meses mais frios são dezembro, janeiro, fevereiro e março, quando os termômetros vão dos 8ºC aos 17ºC em média. Os meses mais chuvosos do ano são dezembro, janeiro e fevereiro. Os mais secos são junho, julho e agosto, quando a chance de chuva é praticamente ZERO!

Precipitações também são raras em abril, maio e setembro. A água do mar fica agradável para o banho – acima dos 20ºC – de junho a novembro. Além do clima, você deve levar em conta as férias de verão europeias para decidir quando ir a Rhodes, pois a ilha fica extremamente lotada e cara nessa época do ano – junho/agosto. Se puder, prefira os meses de maio e setembro, quando tudo estará mais vazio, ainda não chove e as temperaturas são muito agradáveis.

Mulher boia nas águas verdes e cristalinas da Anthony Quinn's Bay

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar


Onde ficar em Rhodes – Hospedagem boa e barata!

Não é fácil encontrar hospedagem a preços acessíveis em uma ilha tão procurada por turistas como Rhodes, principalmente na alta temporada de férias de verão na Europa – junho/agosto. Mas procurando-se, sempre se acha hospedagem bem avaliada, bem localizada e a custos razoáveis. O melhor lugar para ficar na ilha com certeza é dentro das muralhas medievais do centro histórico da capital. E foi exatamente lá que encontramos o Medieval Rose Hotel.

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As grandes redes de hotéis não podem construir seus prédios nessa área tombada como patrimônio, por isso é mais comum encontrar pequenas pousadas familiares como a Medieval Rose. O hotel funciona em uma casa de dois andares muito bem escondida em uma das muitas ruelas antigas e tortuosas – mas nada que abrir o Google Maps no celular não resolva. O lugar é todo muito limpo e sossegado, apesar de estar bem perto de várias lojas e restaurantes.

O acesso à internet WiFi é gratuito. Não há serviço de café da manhã, mas uma geladeira, cafeteira e chaleira elétrica ficam à disposição dos hóspedes na recepção. Os quartos do Medieval Rose Hotel são amplos, equipados com camas confortáveis, ventilador e frigobar. Você pode optar por acomodações com banheiro privativo ou compartilhado. As diárias partem de 173 euros para duas pessoas e de 223 para três. Para mais informações e reservas, clique aqui.

Quarto da pousada Medieval Rose, na Ilha de Rhodes

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar


Roteiro em Rhodes – O que fazer em 1 dia

O seu primeiro – ou único – dia em Rhodes vai ser dedicado a conhecer um lugar muito especial: Lindos. Recomendamos que alugue um carro para dois dias, pois você vai precisar dele no seguinte também. Faça a reserva do seu veículo aqui e saia da capital pela rodovia EO95, dirigindo 50 quilômetros para o sul. Quem não pode ou não quer dirigir, tem a opção de fazer o passeio de barco ou de ônibus. O tour de ônibus custa 25 euros e você pode reservar o seu aqui.

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Ele leva você até Lindos e te deixa livre para fazer o que quiser por quatro horas. O tour de barco faz paradas para mergulho e deixa três horas livres em Lindos. O custo é de 30 euros (reserve aqui). Com o perdão do trocadilho, o nome Lindos faz jus a uma das paisagens mais bonitas da Europa. Assim que sair do carro, você vai entender o motivo. Na sua esquerda, duas belas praias de areias douradas. Na sua direita, uma ‘piscina natural’ de águas azuis em meio às rochas.

Saint Paul's Bay vista do alto da Acrópole de Lindos

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

No centro, dominando a paisagem, a Acrópole de Lindos, onde há ruínas da Grécia Antiga e de fortificações medievais. É mole ou quer mais coisa incrível em um lugar só? Lindos é uma das cidades mais antigas de Rhodes e já era rica e poderosa antes mesmo da construção da capital, ao norte. Tanto que sua beleza foi cantada por Homero. Por tudo isso, vale a pena encarar a subida do penhasco de 116 metros onde fica o sítio arqueológico, cercado pelo mar azul.

As ruínas começaram a ser escavadas durante a ocupação italiana na ilha, mas acabaram sendo seriamente danificadas durante os bombardeios da Segunda Guerra. Um trabalho de restauro feito nos anos 1960 devolveu parte da beleza da Acrópole. Os destaques são o Templo de Athena, com suas colunas dóricas se erguendo contra o céu azul, e o Castelo de Lindos, construído pelos cavaleiros da Ordem de Malta que comandaram Rhodes na Idade Média.

Ruínas do Templo de Athena, na Acrópole de Lindos

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Podem ser admiradas ainda as ruínas da igreja bizantina e os vestígios de um esplêndido navio grego esculpido na rocha. Mas o que mais encanta sem dúvida é a vista lá do alto. Seus olhos abarcam as casinhas brancas da cidade de Lindos colina abaixo, as praias douradas do lado esquerdo e a Saint Paul’s Bay à direita. É impossível não se encantar com ela: as rochas parecem ‘fechar’ a baía, formando uma piscina natural de águas cristalinas e muito azuis!

Depois de torrar sob o calor grego no topo da Acrópole, desça para a cidade antiga de Lindos. Ruelas labirínticas cercadas de casas caiadas de branco e igrejas ortodoxas da Idade Média fazem a alegria dos turistas em busca dos típicos cenários das ilhas gregas. Ache um restaurante com terraço para a pausa do almoço. Depois, siga pela estrada e vá contornando Saint Paul até chegar à sua pequena e encantadora praia, chamada de Agios Pavlos.

Mulher admira o mar cristalino da Praia de Lindos

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Deste ângulo, você consegue ver a abertura nas rochas que formam a baía, acabando com a ilusão da ‘piscina’ azul. Mas a beleza estonteante continua lá, emoldurada pela Acrópole. O quadro é arrematado por uma capelinha típica grega, toda branca, nas pedras à direita. A pequena faixa de areia é dominada por um único restaurante, que aluga as poucas espreguiçadeiras à beira-mar por preços não muito convidativos. Melhor só tirar fotos.

As praias para se curtir em Lindos são as que estão do outro lado, para onde você vai se dirigir quando cansar de admirar a Saint Paul’s Bay. A faixa de areia principal se chama Praia de Lindos, e a menor – que fica na curva da baía à direita -, Praia de Pallas. Ambas dispõem de bares e espreguiçadeiras a bons preços. Pode relaxar que o passeio acaba aqui, é só chamar o garçom com a cerveja gelada e curtir o fim da tarde entre as areias fofas e a água cristalina.


Roteiro em Rhodes – O que fazer em 2 dias

No segundo dia em Rhodes, você vai conhecer algumas de suas belíssimas praias. Se você tem mais interesse na parte histórica da ilha, inverta a ordem do roteiro e vá primeiro ao ‘Dia 3’, sem problemas. Mas não há dúvidas de que os 220 quilômetros de litoral de Rhodes são uma visão paradisíaca. As praias famosas ficam na costa leste, já que o lado oeste da ilha é voltado para o mar aberto e bem mais castigada pelo vento forte.

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É do outro lado que se encontram as pequenas baías protegidas por rochas calcárias, as areias douradas banhadas por água calma e cristalina. A ideia é visitar as praias que ficam mais próximas da capital. Para fazer esse passeio é preciso estar de carro. Dá para ir a algumas praias de ônibus urbano, mas você não vai conseguir visitar todas no mesmo dia, nem vai poder parar no caminho para fotografar as belas paisagens que se descortinam.

Barcos esperam banhistas que nadam na Anthony Quinn's Bay

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Se você não pode ou não quer dirigir em Rhodes, recomendamos então que faça um passeio de barco. O tour de três horas de duração vai te levar para visitar as Grutas de Traganou, a Baía de Ladiko e a famosa Anthony Quinn’s Bay. A excursão com bebidas liberadas custa 50 euros e você pode reservar a sua aqui. Mas vamos voltar à melhor opção: pegue o carro que você alugou no dia anterior para ir a Lindos e prossiga com o passeio pelas estradas de Rhodes.

Da capital, você vai pegar a estrada Leof. Kallitheas, que margeia o litoral leste. Não tem muito como errar, é só seguir para o sul acompanhando o mar na sua esquerda. Mas está tudo marcado no mapa abaixo, é claro. A primeira parada é a Kallithea Springs, a 10 quilômetros de distância. O complexo de águas termais é usado desde a Antiguidade, mas o atual palácio foi construído nos anos 1930 inspirado na arquitetura tradicional grega com toques orientais.

Complexo de águas termais em formato de palácio na Praia de Kallithea

Foto: Georg Karl Ell/Wikimedia Commons

O palácio branco, com arcadas abertas para o mar, canteiros floridos e fontes murmurantes virou o cenário de sonhos de muitos casamentos. E não para por aí! Kallithea é também uma praia, uma pequena enseada ladeada por rochas e palmeiras onde espreguiçadeiras e um bar estão à disposição dos visitantes. E tudo isso fica ao seu alcance pela bagatela de 5 euros a entrada. Aproveite a beleza de Kallithea pelo tempo que quiser, mas há mais para ver na ilha.

Seguindo com o passeio, a próxima parada é a popular Praia de Faliraki, seis quilômetros ao sul. Sua faixa de areia é ampla, então recomendamos estacionar bem no fim dela, onde há um píer com uma igreja ortodoxa branca muito charmosa à beira-mar. Faliraki é muito procurada por famílias em férias de verão e jovens, tem parque aquático, casas noturnas, bares, quiosques, parapente, esportes aquáticos e toda a infraestrutura necessária para um dia na praia.

Criança foge de onda na beira da Praia de Faliraki, em Rhodes

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

De Faliraki, vamos entrar na rodovia EO95 e seguir as placas para Cape Ladiko. São menos de quatro quilômetros de distância até o estacionamento da Baía de Ladiko, que também tem uma prainha bonitinha, espreguiçadeiras e restaurante. Mas a grande atração está no caminho à esquerda, alguns metros adiante. Antigamente chamada de Vagies Beach, a baía mudou de nome quando foi oferecida de presente ao ator de Hollywood Anthony Quinn.

Sua premiada interpretação no filme ‘Zorba, o Grego’ comoveu as autoridades da ilha ao ponto de quererem lhe dar a praia mais linda de Rhodes! Mas o astro, educadamente, nunca tomou posse do presente e quem ganhou fomos nós, viajantes, que hoje podemos frequentá-la livremente. Confesso que, se fosse ele, teria aceitado, pois o lugar é lindo de chorar no cantinho! A pequena faixa de areia dourada é adornada por flores e vegetação.

Espreguiçadeiras e guarda-sol vazios na beira da praia de Anthony Quinn's Bay

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Rochas emergem por todos os lados, formando praticamente uma piscina, de tão fechada que é a baía. Arremata tudo isso o mar cristalino de um azul fluorescente que chega a doer os olhos. A praia tem espreguiçadeiras para alugar, mas os lugares são disputados porque o espaço é restrito. Na entrada da baía, um barzinho com vista panorâmica serve pizzas, sanduíches, sorvetes e saladas. Aproveite para tirar muitas fotos, almoçar e tomar uma cerveja.

Depois, vamos prosseguir com o tour pelas praias de Rhodes! A próxima parada é Traganou, mais três quilômetros ao sul. Estacione na ponta norte da praia, bem próximo da Gruta de Traganou, que é a grande atração do lugar. Em meio ao buraco aberto pela ação do mar nas falésias de arenito, formou-se uma piscina natural que é ótima para nadar e fazer snorkel. Nessa praia não há areia no chão, e sim pedrinhas, por isso ela é menos lotada que as demais.

Espreguiçadeiras e guarda-sóis vazios na beira da Praia de Afandou, em Rhodes

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

O que não quer dizer que não haja espreguiçadeiras para alugar e um restaurante à beira-mar. Depois do mergulho entre as falésias, hora de seguir mais cinco quilômetros ao sul, até a Praia de Afandou. Afandou é ampla e aberta como Faliraki, mas muito mais sossegada por estar mais distantes da capital. Entre areia dourada e pedrinhas, as tradicionais espreguiçadeiras estão disponíveis, assim como bares e restaurantes. Rochas fazem o belo contorno da baía.

Por fim, mais 10 quilômetros ao sul está a Praia de Tsambika. A baía é pequena e cercada por colinas rochosas, mas sua generosa faixa de areia dourada atrai muita gente. Ainda mais depois que um parque aquático se instalou por lá. Quem prefere sossego pode ficar na ponta norte, onde há a escadaria de 300 degraus até o Mosteiro de Tsambika. Lá de cima, se descortinam belas vistas! Aproveite o fim da tarde antes de retornar à capital, 30 quilômetros ao norte.


Roteiro em Rhodes – O que fazer em 3 dias

No seu terceiro dia em Rhodes, chega de praia! É hora de se concentrar nas atrações da parte antiga da capital. Mas não fique triste, pois há muita coisa impressionante para ver dentro das muralhas. Dezenas de construções góticas muito bem preservadas são entremeadas por igrejas bizantinas e construções árabes. É tanta atração que você não precisa entrar em tudo, ok? Apenas nos locais de seu interesse. As distâncias são curtas e está tudo marcado no mapa!

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O ponto de partida é o Yeni Hammam, ou banhos turcos. O prédio foi construído nos anos 1500, reformado nos 1700 e faz parte da herança do Império Otomano na cidade. Os banhos são abertos para visitação. Do Yeni Hammam é possível avistar os minaretes da próxima parada: a Mesquita de Suleiman, o Magnífico. Também erguida no século XVI, acabou destruída e reconstruída no XVIII. Sua principal característica é o exterior pintado de rosa.

Pessoas caminham pelas ruelas de Rhodes com a Mesquita de Suleiman ao fundo

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Pode-se visitá-la, pois hoje funciona como museu. Logo atrás da mesquita fica a Torre do Relógio, erguida nos anos 1800 para marcar o progresso da cidade sob o governo otomano. Seguindo até o fim da Rua Orpheus, você chegará a dois dos portões de acesso à cidade que permeiam as muralhas medievais: o St. Anthony Gate e o Amboise Gate. Este último é de 1512, ladeado por duas torres circulares e encimado pelo escudo da Ordem de Malta em relevo.

Na sua direita, já na famosa Rua dos Cavaleiros, vai avistar o impressionante Palácio do Grão-Mestre. Construído no século XIV, era a sede administrativa da ilha durante o domínio dos Cavaleiros da Ordem de Malta, ou Cavaleiros Hospitalários de São João de Jerusalém. A ordem se instalou em Rhodes por volta de 1300 para que a ilha servisse de estação intermediária para peregrinos que viajavam à Terra Santa. Em 1522, acabaram expulsos após o cerco otomano.

Mulher posa para foto na Rua dos Cavaleiros, em Rhodes

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Eles fortificaram as muralhas e ergueram edifícios administrativos, igrejas, casas de abrigo para os peregrinos, um hospital e o Palácio do Grão-Mestre. Dominado por duas torres gêmeas em forma de ferradura, o complexo fortificado se desenvolve em torno de um grande pátio decorado com azulejos de mármore e preserva no seu interior preciosos mosaicos vindos de vários sítios arqueológicos. Vale a pena visitar o seu interior, os ingressos custam 6 euros.

Saindo do palácio, você pode mergulhar na Rua dos Cavaleiros, ou Street of the Knights, cujo nome moderno é Ippoton. A viela íngreme calçada de pedras irregulares, encimada por arcos e ladeada pelas antigas pousadas que ofereciam refúgio aos peregrinos parece um lugar parado no tempo. Nas fachadas, brasões indicam as nações que podiam se abrigar em cada casa. No fim da rua, fica o antigo Hospital dos Cavaleiros e onde hoje funciona o Museu Arqueológico.

Fachada do Palácio do Grão-Mestre, em Rhodes

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

O bem preservado complexo arquitetônico do hospital – erguido ao redor de um pátio onde ergue-se um leão de pedra – vale a visitação. No acervo, destaque para a escultura da sensual Afrodite de Rhodes. O ingresso solo custa 6 euros, ou 10 se combinado com o Palácio do Grão-Mestre e a Igreja de Nossa Senhora do Castelo. Este templo bizantino data do século 11 e hoje funciona como museu. A igreja fica logo depois do hospital, na esquina com a Rua Apellou.

Pegue a Apellou para a esquerda e dê uma espiada nas ruínas do Templo de Afrodite e no Portão da Liberdade. O templo data do século III AC e era o lar original da estátua sensual que hoje se encontra no museu. Volte pela Apellou em direção ao coração da cidade e dobre na primeira à esquerda depois da igreja para admirar o Portão de Arnaldo, que ligava a zona dos cavaleiros à baía. Continue pela Apellou e entre à esquerda na esquina com a Rua Sokratous.

Pombas bebem água na fonte medieval da Praça de Hippocrates, em Rhodes

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Você vai dar na Praça de Hippocrates, ladeada por restaurantes e ornada com uma bela fonte medieval. Aproveite a pausa para o almoço. Depois da refeição, pegue a Rua Ermou à esquerda e saia das muralhas pelo imponente Portão do Mar – Sea Gate. Construído em 1478 e ladeado por duas torres, era a principal entrada da cidade. Vá para a esquerda, em direção ao Porto de Mandraki. Você vai passar pelo Portão de Saint Paul e verá as ruínas da Torre de Naillac na direita.

À sua frente, sobre um braço de terra que adentra a baía, ficam três dos antigos moinhos de vento de Rhodes. Depois deles, bem na beira do mar, está localizada a Fortaleza de Agios Nikolaos, ou São Nicolau. O edifício defensivo em formato circular foi erguido pelos cavaleiros nos anos 1400 e defendeu a cidade de muitos ataques. Volte pelo braço de terra e siga para a outra ponta do porto. Você vai passar por belíssimos edifícios da ocupação italiana e pela Fontana Grande.

Mulher posa para foto em um dos moinhos de vento de Rhodes

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Ali na pontinha, uma coluna com a escultura de um veado marca o local onde ficariam os pés do Colosso de Rhodes. Volte pela beira-mar até a Nea Ágora, ou Cidade Nova, entre as esquinas das ruas Gallias e Papagou. Outrora um mercado de peixe, ela se tornou um animado bazar repleto de lojas e restaurantes, o lugar certo para comprar suas lembranças de viagem. A partir daqui, o roteiro vai te levar para uma caminhada de quatro quilômetros!

Se não quiser ou não puder andar tanto, pegue um táxi no ponto da Rua Papagou. Quem vai encarar o esforço vai pela mesma rua, no sentido oposto ao do porto, e segue até a esquina com a Ethnarchou Makariou, onde pegará a esquerda. Depois a direita na Navarinou, na Pindou e na Isidou. Siga por ela por um bom tempo enquanto descortina belas vistas, pois você está a caminho do Monte Smith, ou Colina de Agios Stefanos. No topo, fica a Acrópole de Rhodes.

Vista do Porto de Mandraki, com as colunas do Colosso de Rhodes e a Fortaleza de Agios Nikolaos

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Você vai encontrar uma rótula e entrar a esquerda na Rua Diagoridon, que te leva até as ruínas. Os pilares do Templo de Apolo se erguem contra o céu azul e há também um antigo estádio. Para descer, continue pela Diagoridon e pegue a direita quando ela acabar na Agiou Ioanni. Então esquerda da Komninon e reto até estar de volta às muralhas. Você vai chegar na frente do Saint Athanasios Gate, ao lado da Torre Panagia. Na esquerda, começa uma trilha.

Ela vai percorrer o antigo fosso, pelo lado de fora das muralhas. Você vai passar pelo St. John’s Gate, por onde os turcos e os italianos conseguiram invadir a cidade; e pelo Bastião del Carreto, construído de forma arredondada para abrigar canhões. Quando chegar ao Portão Akandia, pode entrar de volta na cidade velha. Você estará no antigo bairro onde os judeus habitaram por centenas de anos, até serem dizimados da ilha durante a Segunda Guerra.

Ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Burgo, em Rhodes

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Siga margeando as muralhas, passando pelo Saint Catherine’s Gate até chegar ao Portão da Virgem. Do lado de fora, você vai avistar a pequena Praia de Sachtouri, onde os habitantes locais pescam e se banham nos dias mais quentes. Do lado de dentro, vai encontrar as ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Burgo, que datam do século XIV. Na esquerda, fica a antiga Pousada de St. Catherine. Construído em 1391, este palácio abrigava peregrinos nobres.

Por fim, à direita do portão, fica a Evreon Martyron Square, ou Praça dos Mártires Judeus. Uma homenagem aos habitantes deportados durante a ocupação italiana. E chegamos ao fim! Logo adiante você estará de volta à Praça de Hippocrates, onde um dos inúmeros restaurantes te receberá de braços abertos para uma bela noite regada a comida típica e vinho grego. Se preferir fazer tudo isso acompanhado de um guia, o passeio de cinco horas custa 28 euros (reserve aqui).

*** O Escolha Viajar esteve na Grécia entre maio e junho de 2015 ***

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