Página inicial AméricaBrasilSanta Catarina (SC) Roteiro em Laguna (SC): o que fazer em 2 dias, onde ficar e comer [com mapa]

Roteiro em Laguna (SC): o que fazer em 2 dias, onde ficar e comer [com mapa]

por Escolha Viajar
Casal admira a vista do Farol de Santa Marta desde o Morro do Céu

Vai visitar Laguna e ainda não sabe o que fazer por lá, onde ficar ou comer? Não se preocupe! Montamos um roteiro de 2 dias para você conhecer as principais atrações desta cidade de Santa Catarina que reúne belas praias, muita história para contar, excelentes cervejarias e outras ‘cositas más’. Além do que fazer e pontos turísticos imperdíveis, também diremos como chegar, quando viajar, onde se hospedar, comer e beber bem. Tudo detalhado com mapas!

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Terra da heroína Anita Garibaldi, Laguna foi palco de sangrentas batalhas pela independência do sul do Brasil e também do romance dela com o italiano Giuseppe Garibaldi. As guerras ficaram no passado e, hoje, a cidade vive da pesca e do turismo. Lar de uma série de balneários naturais, lagoas e com 600 imóveis tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), é o polo turístico mais importante do sul de Santa Catarina.

Por isso, anote duas dicas valiosas para aproveitar plenamente sua visita a Laguna. A primeira delas é reservar pelo menos dois ou três dias para conhecer a cidade e arredores. Isso se você quiser apenas fazer turismo. Para relaxar e curtir suas inúmeras praias, é preciso mais tempo! A segunda dica é estar com um veículo, seja próprio ou alugado (veja preços aqui). As distâncias em Laguna são grandes e é bem difícil ver tudo dependendo de ônibus, táxi, Uber e tour 😉

Ondas batem nos rochedos sob o farol dos Molhes da Barra ao entardecer

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar


Onde fica e como chegar em Laguna?

Laguna está localizada no litoral sul de Santa Catarina, a 126 quilômetros de Florianópolis – onde também fica o aeroporto mais próximo. Outros balneários turísticos próximos são Guarda do Embaú (75 quilômetros), Garopaba (60) e Imbituba (35). Desde o Rio Grande do Sul, são 168 quilômetros saindo de Torres e 350 da capital, Porto Alegre. O acesso a Laguna é todo asfaltado e feito pela BR-101 tanto pelo norte como pelo sul do país.

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É possível ainda combinar uma visita a cidades serranas. Laguna está a apenas 190 quilômetros da badalada Urubici, o lugar mais frio do Brasil; e a 165 de São Joaquim. O acesso é pela bela SC-390, a famosa Serra do Rio do Rastro. A gaúcha São José dos Ausentes também está ao alcance: são 190 quilômetros via BRs 101 e 285, passando pela Serra da Rocinha. Mais um motivo para recomendar que você faça essa viagem de carro (ou moto, van, enfim)!

Quem não tem veículo próprio ou vai chegar via aeroporto pode alugar um – faça sua cotação de preços aqui. Se você não tiver essa disponibilidade, a opção é viajar até Laguna de ônibus. Há coletivos diretos desde Florianópolis, Porto Alegre e Imbituba. Para horários e preços de passagens, acesse o site da empresa Santo Anjo aqui. Existe ainda a possibilidade de se deslocar até Tubarão, que é uma cidade maior, e de lá pegar um segundo ônibus para Laguna.

Se você quiser e puder contribuir com qualquer valor para que a gente continue viajando mais e mais longe, o nosso PIX é [email protected]


Quando ir e como é o clima em Laguna?

Laguna têm as quatro estações bem demarcadas e quantidade significativa de chuva distribuída ao longo do ano todo. O clima é quente e temperado. Os meses mais quentes são janeiro, fevereiro e março, quando os termômetros oscilam em média entre os 20ºC e os 28ºC. Já os mais frios são junho, julho e agosto, quando se registra temperaturas entre os 12ºC e os 21ºC. Os meses com maior quantidade de dias de chuva são setembro, fevereiro e março.

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A época mais seca do ano engloba os meses de abril, junho e julho. Mas note que ainda assim, haverá uma boa quantidade de chuva caindo do céu: 8 dias em média. Se formos levar apenas o clima em conta, os melhores meses para visitar Laguna são novembro e dezembro, quando as temperaturas já estão altas para aproveitar as praias, mas a chuva é menos presente. Mas há outros fatores que precisam entrar nessa equação. Se você quer evitar lotação, fuja do verão.

Como as praias do Sul costumam ser frequentadas apenas nos meses de calor, quase toda a movimentação turística se concentra de dezembro a fevereiro. O período coincide com as férias escolares e as festas de final de ano, o que significa multidões nos restaurantes, faixas de areia abarrotadas, trânsito caótico, hotéis sem vagas e preços nas alturas. Para contornar esse ‘vuco-vuco’ sem perder a praia, a opção é viajar em outubro, novembro ou abril.

Vista da Praia do Gi, em Laguna

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Não estará tão quente quanto no pleno verão, as as temperaturas ficam em média entre agradáveis 16º e 25ºC. Já se você gosta de Carnaval, programe-se para ir a Laguna entre fevereiro e março. A folia da cidade é considerada a melhor do Sul do Brasil e arrasta pelas ruas 15 blocos com até 150 mil pessoas! É muito ala-la-ôôôô!!! E já sabe: se não gosta de multidões, lotação etc, evite viajar neste período. Outra atração do litoral sul de Santa Catarina são as baleias.

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Entre julho e novembro, elas migram para esta região em busca de águas calmas e quentes para acasalamento, nascimento e cuidados com os filhotes, permanecendo próximo à arrebentação das ondas. O auge dos avistamentos ocorre entre a segunda quinzena de agosto a final de setembro. Neste período é comum ver as baleias francas acompanhadas dos filhotes. Então, se quiser participar desse espetáculo natural único no Brasil, marque no calendário!

Por fim, leve em consideração para a data da sua viagem os botos-pescadores. Laguna tem o título de Capital Nacional do Boto Pescador e a “pesca cooperativa” no canal dos Molhes da Barra é uma tradição e atração turística local. Falaremos mais sobre ela adiante no texto. Por enquanto, saiba que o melhor período para observar essa rara colaboração entre homem e natureza é o da pesca da tainha – meses de junho e julho. Os botos também costumam aparecer no verão.

Botos nadam perto de pescadores nos Molhes da Barra, em Laguna

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar


Onde ficar em Laguna – Hospedagem boa e barata!

Laguna tem muitas casas e apartamentos para alugar por temporada, mas poucos hotéis e pousadas. Mesmo assim, não faltam opções com bom custo-benefício para os visitantes que queiram estadias curtas. Todas bem avaliadas e bem localizadas – você pode conferir onde ficam no mapa acima. Nossa primeira sugestão é o Flipper Hotel, localizado a 100 metros da Praia do Mar Grosso, a 1,5 quilômetros dos Molhes da Barra e a 5 do centro histórico.

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Ele oferece piscina no terraço, academia, salão de jogos, Wi-Fi, estacionamento e buffet de café da manhã. Os quartos contam com varanda, ar-condicionado ou ventilador, TV, telefone, frigobar e banheiro privativo. O Flipper é um hotel simples e familiar, mas aconchegante e muito bem servido. As diárias custam a partir de R$ 200 para duas pessoas, R$ 260 para três e R$ 320 para quatro. Para mais informações e reservas, clique aqui.

Nossa segunda sugestão também fica na Praia do Mar Grosso, mas mais próxima do centro. O Ravena Cassino Hotel é um dos maiores hotéis do sul do Brasil. As instalações à beira-mar incluem piscina, Wi-Fi, buffet de café da manhã, salão de jogos, restaurante e estacionamento. Os quartos têm varanda com vista, TV a cabo e ventilador. As diárias custam a partir de R$ 180 para duas pessoas e R$ 230 para três. Para mais informações e reservas, clique aqui.

Café da manhã servido na varanda de hotel com vista para a Praia do Mar Grosso

Foto: Divulgação

Outras duas boas opções de hospedagem ficam localizadas do outro lado do canal, na Ponta da Barra, então é preciso levar em conta que será necessário pegar a balsa para chegar até elas (R$ 17 para carros de passeio em 2022). A primeira delas é a Morada do Sol, bem em frente ao canal e ao ponto do barco que leva passageiros – não carros – de um lado para o outro. A propriedade oferece unidades completas com Wi-Fi, TV, cozinha com geladeira e banheiro.

As diárias custam R$ 200 para duas pessoas e R$ 350 para quatro. Para mais informações e reservas, clique aqui. Nossa última sugestão de hospedagem é a Pousada Barra Sul, que fica a três quadras do canal. Ela oferece jardim, cozinha compartilhada, buffet de café da manhã e Wi-Fi. Todos os quartos dispõem de TV, ar-condicionado e banheiro. As diárias custam R$ 200 para duas pessoas. Para mais informações e reservas, clique aqui.

Piscina no terraço de hotel em Laguna

Foto: Divulgação


Roteiro em Laguna – O que fazer em 1 dia

Pronto para começar a conhecer Laguna? Então tome o rumo dos Molhes da Barra logo pela manhã! Todos os pontos e trajetos estão sinalizados no mapa do item “Onde fica e como chegar”, ok? O quebra-mar forma um canal que liga o Oceano Atlântico à Lagoa Santo Antônio dos Anjos. É nesse canal que costuma ocorrer a chamada “pesca cooperativa” entre botos e homens. A ideia Os pescadores preparam suas tarrafas e colocam-se à beira do canal.

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Ao perceber a presença dos humanos, os botos passam a cercar os cardumes, sobretudo as tainhas. Eles afugentam os peixes na direção dos pescadores. Os que escapam das redes viram presa fácil dos botos. Esta cooperação acontece nessa zona de Laguna e em poucos outros lugares do mundo. Por isso, vale a pena ir aos Molhes e tentar vê-la! Se você estiver sem carro ou preferir contar com um guia turístico profissional, é possível fazer este passeio com uma agência.

O tour custa R$ 200 e você pode reservar o seu aqui. O passeio de quatro horas inclui ainda a Pedra do Frade, sobre a qual falaremos agora. Se você está com um veículo próprio, siga para a segunda atração do roteiro em Laguna pegando a Avenida Rio Grande do Sul, a beira-mar. Siga para o norte por 9,3 quilômetros – parte deles em estrada de chão boa. Quando chegar ao fim da Praia do Gi, você vai ver uma placa sinalizando a Pedra do Frade à direita.

Botos nadam perto de pescadores nos Molhes da Barra, em Laguna

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Em um quilômetro morro acima, você chegará a um platô de pedra onde se avista a Pedra do Frade. Trata-se de uma formação rochosa natural que equilibra suas 30 toneladas e 9 metros de altura inclinados sobre o mar. Outra rocha triangular sobre o topo lembra o capuz de um frade, por isso o nome. Uma atração curiosa e que rende ótimas fotos! Depois de visitá-la, sete o GPS ou aplicativo de mapas para o Cana Caiana, no centro histórico (9 quilômetros).

Se você fez o tour botos+pedra, será deixado de volta no seu hotel e poderá pegar um táxi ou Uber para seguir com o roteiro. O Cana Caiana é um trailer que vende pastéis e caldo de cana à beira da lagoa. Para quem gosta de comida simples, é uma ótima pedida para o almoço! Se você não gosta, apenas deixe o carro no estacionamento gratuito deles. O restante do passeio pelo centro histórico será feito a pé. A primeira parada é o Mercado Público!

Mulher admira a Pedra do Frade, na Praia do Gi

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

São 500 metros de distância caminhando pela orla da lagoa. Quem não almoçou no Cana Caiana tem aqui mais opções de restaurantes. Quem já comeu pode apenas apreciar o prédio no estilo Art Déco e conferir as bancas de produtos típicos regionais. Depois da visita, volte pela orla até a rotatória, atravesse a avenida e pegue a Rua Conselheiro Jerônimo Coelho.  Em duas quadras, você avistará as duas próximas atrações do roteiro em Laguna.

São elas a Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos e o Museu Casa de Anita (a construção amarela à direita). Comece pelo pequeno museu, que pode ser visitado em menos de 30 minutos. O ingresso custa R$ 6. A casa típica colonial em estilo português foi construída em 1711. Foi nela que Anita Garibaldi vestiu-se para o seu primeiro casamento, com o sapateiro Manoel Duarte de Aguiar, em 1835 – a casa onde ela viveu é outra e não está aberta a visitação.

Fachada da Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos, em Laguna

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

O acervo contém pouquíssimas peças originais, mas se utiliza de quadros, mapas e alguns objetos de época para contar a trajetória de Anita e seu romance com Giuseppe Garibaldi. Depois, siga para a Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos. Sua construção começou em 1735 e mistura estilos como o toscano e o barroco. Saindo do templo, vá para a direita pela Rua Santo Antônio por duas quadras. Pegue a direita na Tenente Bessa e siga por mais duas quadras.

Você chegará a uma praça e, atrás dela, fica a Fonte da Carioca. Sua água mineral abastece a cidade desde a colonização e é de acesso gratuito a todos os visitantes e moradores (aproveite para encher sua garrafinha, hehe). A estrutura com torneiras foi construída em 1863. Depois de matar a sede, pegue a Rua José Johanny bem na frente da fonte e siga até a Voluntário Fermiano, onde entrará à direita. Você vai sair nos fundos do Museu Histórico Anita Garibaldi.

Estátua de Anita Garibaldi em frente ao museu do mesmo nome

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Ué, outro museu da heroína lagunense!? Na verdade, leva só o nome dela e encontra-se fechado para restauração desde 2019. O interessante é observar a fachada do prédio de 1735 e onde funcionou o Paço do Conselho da cidade. Logo em frente a ele, na Praça República Juliana, fica a estátua de Anita que acabou virando símbolo e cartão-postal da cidade. Chega de passeios por hoje? Não se preocupe, a última parada fica bem pertinho e já servirá para o happy hour!

Logo ao lado da praça, no Largo do Rosário 21, fica a Cervejaria Seival. É a mais famosa das cervejarias artesanais de Laguna e tem localização privilegiada em pleno centro histórico. O ambiente ao ar livre é ótimo para curtir um pouco mais da atmosfera dessa parte da cidade com mais de 300 anos! No cardápio, diversas torneiras de chopes da casa e convidados, além de petiscos e escondidinhos. Para fechar com chave de ouro o primeiro dia de roteiro 😉

Copo cheio de cerveja em mesa da Cervejaria Seival, no centro histórico

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar


Roteiro em Laguna – O que fazer em 2 dias

Tem dois dias para visitar Laguna? Perfeito! Vamos prosseguir então com nosso roteiro pelas atrações da cidade. Quem está do lado norte do canal – centro histórico, praia do Mar Grosso etc – deve se dirigir para a balsa, no fim da Rua Pedro Rosa. A travessia leva 10 minutos e custava R$ 17 para carros de passeio em 2022. Quem se hospedou do lado sul do canal, na Ponta da Barra, deve pegar a Estrada Laguna-Cinquenta ou SC-487 em direção ao Farol de Santa Marta.

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Não tem muito segredo, a rodovia toda asfaltada é uma linha reta em direção ao sul. Siga nela por 15 quilômetros e então dobre à esquerda em direção ao Cabo de Santa Marta. Tudo é muito bem sinalizado. Quando começar a subir o morro, você verá a entrada para o farol na sua direita. Mas NÃO precisa parar ali. Nós fomos conferi-lo de pertinho e garantimos que não vale a pena. A vista mais bonita do farol e que vai render fotos incríveis fica mais adiante.

Continuando pela estrada, você vai descer o morro, passar pela Prainha e seguir até o fim da rua já no alto de outro morro. Este é o Morro do Céu, o local de onde se avista o Farol de Santa Marta em todo o seu resplendor. Já da parte baixa, onde se estaciona os carros é possível ter uma bela visão da paisagem. Mas você pode subir mais um pouco a pé e sentar nas rochas lá em cima para apreciar tudo o que os olhos alcançam com mais calma e amplitude.

Mulher admira a vista do Farol de Santa Marta do alto do Morro do Céu

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Nós passamos uma manhã inteira lá tirando fotos da Prainha com o farol ao fundo. E não é à toa que ele se destaca na paisagem: a majestosa estrutura, inaugurada em 11 de junho de 1891, é considerada o maior farol das Américas. São 29 metros de altura e sua luz pode ser vista a até 85 quilômetros de distância. Antes de descer do Morro do Céu, dê uma curta caminhada até as dunas que você vai avistar do lado direito do farol, atrás das casas.

Elas estão cercadas e tratam-se de sambaquis, sítios arqueológicos construídos por grupos que povoaram a região há 6.000 anos atrás! Os montes podem ultrapassar os 35 metros de altura, tendo sido construído principalmente com moluscos acumulados ao longo de vários anos. Uma visão bem interessante. Do Cabo de Santa Marta, você vai retornar todos os 15 quilômetros até a balsa, mas vai pegar um desvio à direita um pouco antes.

Cerca protege os sambaquis do Cabo de Santa Marta, em Laguna

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

É só seguir a sinalização para o “Polo Gastronômico”. Ele é composto por dois restaurantes que ficam à beira do canal e são o ponto de parada para o seu almoço. Tanto o Geraldo quanto o Boião são especializados em peixes e frutos do mar, mas servem vários outros pratos também. O Boião é também choperia. Mas não se empolgue com a bebida por enquanto porque o dia de passeios ainda não terminou. Depois de encher a pança, pegue a rua logo atrás dos restaurantes.

É a Vereador José Tomé Macha do de Souza e você vai seguir nela por 500 metros. A via ficará bem estreita e você verá uma subida íngreme à esquerda. Deixe o carro por ali e siga a pé. São mais 500 metros rua acima até chegar à entrada da trilha da Praia do Gravatá. Há placas sinalizando para onde ir, não se preocupe. Desse ponto, são mais 20 minutos de caminhada pela Mata Atlântica e dunas, tudo bem plano e de fácil acesso. Não esqueça de levar água!

Homem joga rede de pesca na beira da Praia do Gravatá, em Laguna

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Isso porque a Praia do Gravatá não tem nenhum estrutura de apoio para os visitantes, sendo considerada quase deserta. A enseada de 700 metros de extensão é cercada por rochas e vegetação de ambos os lado, formando a mais bela praia de Laguna. Como o acesso até ela é feito apenas por trilha, encontra-se muito limpa e bem preservada. Você pode curtir seu fim de tarde nesse cantinho especial do litoral catarinense só admirando o mar e descansando na areia…

⇒ O QUE FAZER EM GALINHOS: Roteiro para 1 ou 2 dias de viagem ⇐

… Ou gastar um pouco mais de energia caminhando até as pedras do lado esquerdo da praia, de onde se tem uma vista panorâmica do Gravatá. Fica a seu critério e do seu cansaço – nós, por exemplo, morremos na areia, hehe. Encerrada a visita, retorne ao carro e, com ele, pegue a balsa de volta para o lado norte do canal. Só há mais uma parada neste roteiro, então você pode ir até o seu hotel ou pousada primeiro para tomar um banho e trocar de roupa antes.

A noite será dedicada a provar mais uma das cervejas artesanais da cidade, desta vez na Laguna Craft Beer. Ela está localizada na Avenida João Pinho 872, na Praia do Mar Grosso. Além da excelente variedade de cervejas na torneira – recomendamos muito a AnIPA – , a casa também é famosa pelas suas pizzas de longa fermentação e pelo inusitado pizza burguer. O hambúrguer envolto em massa fininha e crocante é de lamber os beiços, nham nham!

Copos cheios de cerveja em mesa da Laguna Craft Beer

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar


Roteiro em Laguna – O que fazer em 3 dias (dica bônus!!!)

Se você tem um terceiro dia livre para visitar a região de Laguna, temos uma dica bônus! É preciso viajar um pouco, mas garantimos que vale a pena. Você vai sair de Laguna e seguir por cerca de 50 quilômetros pela BR-101 na direção sul. Até encontrar a entrada para a cidade de Treze de Maio na sua direita. São mais 8 quilômetros pela SC-441 atravessando o distrito rural de São Gabriel até a entrada para a Rodovia Giácomo Bez Fontana à esquerda.

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Nesse ponto, deixa-se o asfalto e segue-se por estrada de terra em boas condições por mais 600 metros. Quando avistar a placa do camping, vire à esquerda. Em meio à mata, surgem o Rio Jaboticatubas e a Cachoeira da Bunda. Também conhecida como Cachoeira do Rala Bunda, ela é famosa na região por suas pedras lisas, que formam um tobogã natural por onde pode-se escorregar até a piscina formada pelo represamento das águas lá embaixo.

O camping tem uma boa infraestrutura – com mesas, bar, churrasqueiras e banheiros -, mas só abre no verão. Ao longo do resto do ano, é só a cachoeira mesmo. Ou melhor, aS cachoeiraS. A primeira queda na verdade é bem comunzinha e atrai mais crianças ou quem quer apenas se refrescar no calor. O que torna esse lugar especial é a segunda queda, que fica 200 metros rio abaixo e não pode ser vista da entrada do camping. Siga a placa da trilha que você a encontrará.

Primeira queda da Cachoeira da Bunda, em Treze de Maio

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Note que a trilha é apenas uma picada na mata, sem qualquer auxílio para os visitantes. São só 200 metros de caminhada, mas a descida é extremamente íngreme. Tivemos que sentar no chão e nos agarrar nas raízes e árvores para chegar até lá embaixo! Mas a visão desta Cachoeira da Bunda compensa a viagem até Treze de Maio, a trilha, tudo… A água despenca do alto de um largo penhasco, escorre pelas rochas alaranjadas e afunila no fim.

Neste ponto, uma pedra caiu horizontalmente sobre o curso d’água e forma uma espécie de ponte natural. Que lugar incrível!!! Tire quantas fotos quiser antes de encarar a subida de volta, hehe. Se estiver visitando o lugar no verão, você pode aproveitar o resto do dia no camping, nadar, fazer churrasco etc. Se não, é só retornar para Laguna pelo mesmo caminho da ida. À noite, dê uma passadinha na novíssima Cervejaria Almirante para um último brinde à cidade!

Mulher admira a segunda queda da Cachoeira da Bunda, em Treze de Maio

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

*** O Escolha Viajar esteve em Laguna em abril de 2022 ***

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2 comentários

Dino 18 de agosto de 2022 - 18:29

Obrigado! Valeu demais as dicas!

Responder
Escolha Viajar 20 de agosto de 2022 - 22:31

Olá, Dino!
Muito obrigada por compartilhar sua opinião conosco.
Um grande abraço,
Tici&Marquinhos

Responder

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